04 agosto 2010

Gato de Cheshire

E acreditar que ainda não vi, o novo filme de Alice Worland (Tim Burton). Mais acho que consigo falar um pouco sobre ele, aqui - obtendo as informações das pessoas que viram os filmes e da minha sabedoria sobre o gato de cheshire.
E tudo isso é muuuuito fofo e vale apena garantir o seu dvd! Com todos os atores reunidos, eles conseguem fazer este lindo , clássico e muito fofo filme e transformá- lo em vida real. E olha que a tecnologia, não era assim hein! O gato ao lado, é  gato de Cheshire. O que eu posso falar sobre esse fofo gatinho, é que ele é muuuuito abusado, e sempre se intromete na vida dos outros hein?
E olha que gato de Carroll mostra-se à menina como um companheiro nos momentos em que ela precisa de uma resposta sobre o que fazer. É um dos poucos personagens com quem ela consegue manter um diálogo mais brando e também o único que a explica o porquê de determinadas coisas. É ele, por exemplo, quem diz a Alice que todos, naquela terra, são loucos e que o motivo de ela estar lá seria porque, provavelmente, teria sua própria dose de loucura. Ele é, pois, a criatura sábia que conduz e aconselha Alice em sua aventura, uma espécie de Grilo Falante, uma consciência figurativa. E é, ainda, o pensamento científico da narrativa porque comprova o que fala, embora mantenha sempre sempre uma linha tênue entre a genialidade e a loucura. Teria sido o objetivo de Carroll criticar a ciência?
    De acordo com a História oficial, a expressão “sorrir como um Gato de Cheshire” nasceu muito antes de ser imortalizada pelo escritor. Segundo Martin Gardner, em seu “The Annotated Alice”, existem duas hipóteses para o surgimento desta frase. A primeira defende a idéia de que sua origem se deu através do costume de um pintor de escudos e brasões de retratar, no interior de antigas hospedarias e albergues, leões sorrindo; este pintor seria muito famoso na região de Cheshire – lugar, inclusive, onde o próprio Carroll nasceu–. A segunda hipótese leva em conta um outra origem completamente diversa. Defendida também pelo “Brewer’s Dictionary of Phrase and Fable”, ela nos diz que Cheshire era uma região provavelmente dominada pelo clero, que vivia sob jurisdição quase Real de uma espécie de paladino ou clérigo; em certa ocasião, para divertir-se este governante teve a idéia de mandar que moldassem um queijo na forma de um gato sorrindo. Este era o famoso queijo de Cheshire e, a partir desta data, “sorrir como um Gato de Cheshire” tornou-se uma frase bastante comum na Inglaterra e passou a caracterizar a imagem de um largo sorriso de uma ponta à outra da cabeça. Gardner, a esta altura, cita o Dr. Phyllis Greenace, em um de seus estudos psico-analíticos sobre a origem das metáforas do criador de Alice. Referindo-se ao queijo de Cheshire, o Dr. Greenace diz: “Esta (hipóstese) tem um peculiar apelo Carrolliano, pois provoca a fantasia de que o gato de queijo pode comer o rato que iria come-lo.”.
A partir daí, podemos identificar o jogo de palavras e idéias de que se utiliza Lewis Carroll em sua obra. Em um determinado momento, nota-se o diálogo entre Alice e a Duquesa:
“Por favor, poderia me dizer (...) por que é que seu gato sorri desse jeito?”
“Ora, é um gato de Cheshire, (...) e é por isso.”
“Não sabia que todos os gatos de Cheshire sempre sorriam, na verdade, eu não sabia sequer que um gato pode sorrir.”

“Todos eles podem, (...) e a maioria deles o faz.”
Um artigo escrito por John H. Lienhard para a página na internet “Engines of our ingenuity” define bem esta comparação que tentamos fazer:
“Os físicos agonizam enquanto o Gato de Cheshire senta e sorri.''