21 julho 2010

"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar.

11 julho 2010

O meu sonho,

Realizar  uma estrada sem fim, com comida, água.


O tempo passa,


E assim que terminar me diga.


Proibido  pisar na grama?
O  jeito, é  deitar e rolar !

- Em algum lugar existe outra Giovanna.


Pode ser que um dia  mude o que sou. Mas vamos ser realista. Na vida existem  muitos''eus'',  mas pra vocês  eu devo ser a única - eu acho bom você  pode ter   uma amiga chamada Giovanna, mas Giovanna Moreira, nãão! -. Não sou uma daquelas  , que andam pra lá e pra cá dizendo  coisas para magoar,  e tal. Sou só eu mesma a garota de sempre.

01 julho 2010

Panico

Sentei-me para pensar no que fiz. Murmurei, debaixo do casaco. Elas me olhavam. Mas agora com bastante tristeza. Queria correr. Saber que aquilo era um sonho. Traduzi, as minhas palavras, em uma boa linguagem. Pensei. Olhei. Senti. Aquilo tinha de ser um sonho, não poderia estar acontecendo. Fiquei sonsa. Fui ao hospital. Desmaiei. Era tudo uma armadilha. Não podia ser o que pensava. Não podia. Recebi flores. Presenteei uma amigo. Chorei. Passei mal. Torci o pé. Fui atropelada. Morri de fome. Frio. Sede.Aaaaaaaaaaaah!Naquela noite nada me salvaria.
''Na manhã seguinte, encontraram um corpo, perto de caverna, estava com a pele toda arranhada, e sangue escorrendo por sua boca.''

Perca-lhe


Juro me lembrar, de cada momento que passei, antes de completar uma idade de dois números. Lembro-me das palavras que minha avó dizia, quando minha mãe estava triste… Lembro- me também, de como me confundia quando falava a palavra ”otorrinolaringologista”, nossa quantas sílabas. Agora eu perdi o que eu não fiz naquele tem, perdi o que agora sinto falta, perdi o que não aproveitei antes. Não posso deixar que isso aconteça de novo, espero que não. Vou seguir o que quero, vou falar o que quero(pelo menos pensar). Não quero pedir conselhos, e nem dá-los. Só quero resumir o que aconteceu. E peço-lhe uma última coisa:
Vá até a casa dele e fale que o ama. 

Um conselho.

Isso é bobagem.

2006

Eu tinha seis anos e juro lembrar de cada movimento que eu fazia nos poucos espaços da minha casa. Eu me lembro das palavras que o meu avô mais proferia. Lembro-me das músicas que tocavam nas rádios da região, da fisionomia das pessoas, que hoje se mostram tão diferentes. Lembro-me dos animais que a minha avó criava no quintal de casa: Pintinhos que eu maltratava com a inocência de uma menina. Ah, e como era bom. O melhor ano de todos que eu já vivi. Eu acordava às seis da manhã. Minha mãe me vestia. Fazia um chocolate quente que só ela sabe fazer. E eu tomava enquanto assistia a desenhos na TV Cultura. Ia pro prézinho e sentava com as meninas mais populares da escolinha. Eu não era a mais bonita, mas os meninos gostavam de mim porque eu passava o batom cor de rosa da minha mãe. A televisão era diferente. Eu poderia ficar o dia todo na frente dela se não fosse pelas brincadeiras na rua. E as músicas então? Dia desses até baixei algumas que marcaram aquela época tão especial na minha vida. Ficou um CD um tanto quanto brega. Mas eu adoro. Juro que queria voltar no tempo. Tudo bem, eu usava umas roupas estranhas, camisetas surradas do Piu-piu, Mickey, botinhas da Carla Perez. Mas na época, era suuuuper tendência. E eu era a criança mais criança desse mundo. Porque nessa idade, o que eu menos precisava era entender o mundo e reclamar do mesmo. Não tinha necessidade alguma de assistir a jornais, saber das atualidades e muito menos ouvir propaganda eleitoral. A infância foi mesmo um bem pra minha alma. E mesmo que hoje eu esteja desempregada, tomando todas em pleno domingo preguiçoso, eu posso concordar com o ditado que diz "Relembrar é viver". É por isso, só por isso, que se me perguntassem se estou bem, responderia que sim. Estou bem, obrigada. Eu tive infância.
Fragmentos disso que chamamos de "minha vida".

Há alguns anos. Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.

Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.

Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.

Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos.

Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.

Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania.

(Caio F.)

Escola é igual ao mar .

Escola é igual ao mar.


Os alunos BOIAM ,
Os professores NAVEGAM ,
Os burros AFUNDAM ,
E a gente? Só tirando onda!


Fonte: Comunidade: Escola é igual ao mar .

Mudando Tudo !!

Nem tudo. Mudei só o fundo do blog e a descrição. Gostaram? Beijos !! Até a próxima.