17 agosto 2010

Diferente, sim, mas muito lindo!

Certos índios brasileiros acreditam que, quando um bando barulhento de tucanos se junta, é sinal de chuva.
O tucano encanta por dois motivos: sua rica plumagem negra e brilhante fazendo contraste com penas amarelas e vermelhas e seu enorme bico, diferente do de outras aves.Esse bicho inquieto, que adora saltar de lá pra cá e tomar banho na chuva, usa o bico para intimidar outros animais e atrair namorada. Mas não pense que seu bico pesa uma tonelada como parece. Ele é formado de tecido ósseo, o que o deixa leve. Se não fosse assim, o tucano não pararia em pé por causa do peso da cabeça. Para dormir, fica numa posição de contorcionista: torce o pescoço e mantém a cabeça virada para as costas. Depois eleva a cauda até cobrir a cabeça. Dessa maneira, ele consegue descansar o bico.
Existem 41 espécies de tucanos vivendo nas florestas da América do Sul, em especial no Brasil. Além da Amazônia, as aves enfeitam as florestas do México. Apesar de se alimentar basicamente de frutos e sementes, o tucano também é chegado em um prato à base de insetos, filhotes de outras aves, lagartos e lagartixas, caso os vegetais estejam em falta.
Quando resolve se reproduzir, o casal procura o oco das árvores e os ninhos abandonados de pica-pau para colocar de dois a quatro ovos, que são chocados pelo casal por 16 dias. As crias permanecem no ninho durante sete semanas e são alimentadas com suco de frutas e insetos, que lhes são dados pelos pais. Com 1 mês de idade, os filhotes deixam o ninho, dizem adeus e vão embora.
Acabaram com ela!
Em 1500, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, a Mata Atlântica ocupava cerca de 1.300.000 km². Hoje, só restam aproximadamente 6% de seu tamanho original. É pena, mas a destruição teve início assim que os europeus começaram a explorar as matas brasileiras à procura de pau-brasil, a primeira riqueza que foi levada de nossas terras. Antes do descobrimento, quando os índios tupis-guaranis habitavam a Mata Atlântica, a mandioca era a planta mais importante de sua extensa área. Outras plantas introduzidas na região também foram importantes para o desenvolvimento econômico do Brasil. No século 17, foram cultivadas grandes extensões de canade- açúcar. Depois vieram as plantações de café e cacau. Mas a extração de minerais e de madeiras nobres como o jacarandá destruiu mais a floresta que os dois primeiros séculos de lavoura.
Dragão voador
Um ou outro apresentava até 10 metros de comprimento da ponta de uma asa à outra. Na cabeça, levava uma crista gigantesca, capaz de causar inveja a qualquer destaque de escola de samba. Um quarto dedo desenvolvido segurava a pele que fazia às vezes de asa. Esse bicho pra lá de esquisito, parente do dinossauro, mas sem nenhuma semelhança com o priminho, viveu entre 228 milhões e 65 milhões de anos atrás, quando, por fim, desapareceu. Esse senhor dos céus também existiu no Brasil. Os estudiosos já encontraram 24 espécies no país, sendo 23 delas em parte dos estados do Ceará, de Pernambuco e do Piauí.
Mamãe arquiteta
Quem vê os beija-flores fazendo estripulias no ar nem imagina que cada um tenha sua própria área de alimentação. E ai do beija-flor que invadir o espaço do outro. Vai precisar de muita coragem para enfrentar o dono do pedaço. Briguento e irritadinho, o beija-flor não gosta da companhia de seus semelhantes. Só chega perto de outro da mesma espécie quando vai se acasalar. Ai, sim, o macho exibe sua plumagem colorida e brilhante, enquanto dá mil piruetas no ar, só para se mostrar à namorada. Mas, na hora de cuidar dos filhos, é a fêmea que dá duro. Ela constrói um ninho confortável em forma de tigela, com fios de palha e paina. Para que o berço de seus filhotes não se desfaça, a mãe costura tudo com teia de aranha e saliva. Só depois disso a fêmea põe os ovos, em geral, dois, e começa a paparicar seus filhotes, alimentando-os com insetos e néctar.
Parentes próximos
Sabe o que eu, você, um elefante, um orangotango e um gato temos em comum? Se respondeu que todos somos mamíferos, acertou pelo menos em parte. Mas existem mais semelhanças entre os seres humanos e essas espécies do que você imagina. Se retirarmos uma célula de um indivíduo de cada espécie, vamos encontrar no núcleo de cada uma o genoma, uma espécie de livro que concentra as instruções para “fabricar”cada parte do corpo dos seres vivos. Daí, o homem, o orangotango, o gato e o elefante têm em comum não apenas o livro em suas células mas muitas “receitas” com instruções para formar esses seres tão iguais. As receitas para “fabricar” pêlos de gatos, por exemplo, são muito semelhantes às instruções para produzir o cabelo humano. Atualmente, os cientistas americanos trabalham para desvendar o genoma de nove mamíferos. A partir deles, querem identificar o que há de semelhança e diferença no genoma do homem e de outras espécies que se alimentam de leite materno ao nascer.
“Todo mundo devia se interessar por preservar a natureza. Com poluição não tem vida. As árvores morrem e não podem limpar o ar. Vamos ficar sem comida. Acho que cada um pode ajudar o mundo a ficar melhor se economizar água, energia e reciclar o lixo.”