01 setembro 2010

A fadinha .

crepusculo
É possível observar, cada vez mais, uma tendência forte dentro do povo brasileiro no sentido de tentar desmerecer obras voltadas para o entretenimento, principalmente se tal produção conseguir atingir seu principal objetivo: tornar-se popular. A ojeriza aos filmes, livros e séries da chamada “modinha” é tão fácil de se identificar que acaba ficando difícil não entrar na onda dos “haters” e apontar os dedos, muitas vezes sem sequer conhecer a obra. No caso de Crepúsculo, contudo, eu devo intervir e dizer, com total segurança do que digo e sabendo que muitos se voltarão contra mim: é muito pior do que qualquer um jamais se prontificou a dizer.
Aconteceu no início desse ano de 2009. Na época,um amigo saía com uma mulher que, mesmo para além dos seus vinte anos, estava completamente obcecada pelas páginas de um tal “livro sobre vampiros”. Falava muito da história. Curioso e apaixonado por literatura como sou, não demorou muito e já estava começando as primeiras páginas. E já de cara entrei em pânico. Num livro sobre vampiros, onde eu esperava muita obscuridade, sexo, suspense e terror, a primeira folha trazia uma citação de Gênesis. Exato, a Bíblia!
“Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais”. – GEN 3, 3.
Sim, eu deveria ter parado de ler nesse instante. O que esperar de uma autora que decide citar a Bíblia como introdução de um livro supostamente sanguinolento e assassino? Ainda mais um versículo que já deixava claro: esqueça violência e morte, o livro será sobre tentação e pudor. Fazer o quê, enrolei as mangas, concentrei-me no pensamento “ao menos terei conteúdo para criticar depois” e comecei a tortura.
Quem não leu Crepúsculo e somente viu os filmes, jamais entenderá de forma plena o que realmente significa a obra para a mentalidade adolescente. A cada página que eu virava, uma expressão de “eu não acredito que estou lendo isso” formava-se em meu rosto. A história não representa apenas uma trama infantil boba, onde o vampiro principal supostamente é gay e a mocinha é idiota. Essa análise superficial podemos concluir através dos filmes, mas pela leitura chegamos num patamar ainda mais preocupante, que tentarei mostrar abaixo, pedindo que os leitores atentem para o fato de que essa é a obra que mais atingiu a adolescência mundial desde Harry Potter.
crepusculo
Geralmente para todas as meninas ele se chama ''Edward Cullen'' ou ''Robert Pattinson'' mas pra mim, ele é mais uma fadinha. PÔ o cara voa, brilha que o que mais? 


1. O homem perfeito deve ser completamente afeminado.
Essa foi fundamentalmente uma das minhas maiores preocupações em todo o livro. Edward, o vampiro apaixonado por Bella, supostamente representa o “homem ideal”para toda mulher, ou ao menos foi isso que Stephanie Meyer, a autora, tentou traduzir em sua personalidade. E o pior, conseguiu. Minha preocupação tornou-se muito maior quando percebi a quantidade assustadora de mulheres, desde crianças até médicas acima dos quarenta anos, afirmando que aquele era o real homem dos sonhos.

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